Para trabalhar o Hino Nacional
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Por que ensinar a ler é tão difícil?
Vicente Martins
Por que o domínio básico de lectoescrita se tornou tão desafiador para o sistema de ensino escolar? Por que ensinar a ler não é tão simples? Como desvelar o enigma do acesso ao código escrito?
Em geral, quando nos deparamos com as dificuldades de leitura ou de acesso ao código escrito, esperamos dos especialistas métodos compensatórios para sanar a dificuldade.
Nenhuma dificuldade se vence com método mirabolante. O melhor caminho, no caso da leitura, é o entendimento lingüístico, do fenômeno lingüístico que subjaz ao ato de ler.
Ler é ato de soletrar, de decodificar fonemas representados nas letras, reconhecer as palavras, atribuir-lhes significados ou sentidos, enfim, ler, realmente, não é tão simples como julgam alguns leigos.
O primeiro passo, nessa direção, o de ensinar o aluno a aprender a ler antes para praticar estratégias de leitura depois, em outras palavras, de atuar eficientemente com as dificuldades do acesso ao código escrito, as chamadas dificuldades leitoras ou dislexias pedagógicas, é ensinar o aluno a aprender mais sobre os sons da língua, ou melhor, como a língua se organiza no âmbito da fala ou da escrita.
Quando me refiro à fala, estou me referindo, sobretudo, aos sons da fala, aos fonemas da língua: consoantes, vogais e semivogais.
A leitura, em particular, tem sua problemática agravada por conta de dificuldades de sistematização dos sons da fala por parte da pedagogia ou metodologia de plantão: afinal, qual o melhor método de leitura? O fônico ou o global? Como transformar a leitura em uma habilidade estratégica para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de aprendizagem do aluno?
Assim, um ponto inicial a considerar é a perspectiva que temos de leitura no âmbito escolar. Como lingüística, acredito que a perspectiva psicolingüística responde a série de questionamentos sobre o fracasso da leitura na educação básica.
A alma e o papel, o pensamento e a linguagem, a fala e a memória, todos esses componentes têm um papel extraordinário na formação para o leitor proficiente.
Em geral, os docentes não partem, desde o primeiro instante de processo de alfabetização escolar, da fala. A fala recebe um desprezo tremendo da escola e é fácil compreender o porquê: a escrita é marcador de ascensão social ou de emergência de classe social.A escrita é ideologicamente apontada como sendo
superior a fala. A tal ponto podemos considerar essa visão reducionista da linguagem, que quem sabe falar, mas não sabe escrever, na variação culta ou padrão de sua língua, não tem lugar ao sol, não tem reconhecimento de suas potencialidades lingüísticas. Claro, a escrita não é superior a fala nem a fala superior a escrita. Ambas, interdependentes.Sobre o autor:
Vicente Martins é professor da Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral, Estado do Ceará,
Matéria publicada em 01/10/2004 -
Edição Número 62
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As histórias infantis existem desde que o ser humano adquiriu a fala. Como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem e da formação do leitor, é ter, um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo. O primeiro contato da criança com o texto é feita oralmente, através da voz da mãe, do pai ou dos avós, contando contos de fada, trechos da bíblia, histórias inventadas, livros atuais e curtinhos. Ler para as crianças, sempre... É poder sorrir, rir, gargalhar com situações vividas pelos personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever de um autor, então pode ser um pouco cúmplice desse momento de humor, brincadeira e divertimento. É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida relação a tantas perguntas, é encontrar outras idéias para solucionar questões. É uma possibilidade de descobrir o mundo imenso de conflitos dos impasses das soluções que todos vivemos e atravessamos. É ouvindo histórias que podemos sentir emoções importantes. Com a tristeza, a raiva, o bem estar, o medo, a alegria e tantas outras mais e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem ouve, com toda a amplitude, significância e verdade que cada umas delas fez. Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário. É através das histórias que podemos descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser.